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Cadê minha liberdade que tava aqui?

Atualizado: 16 de jan. de 2020

Há pouco tempo publiquei um texto sobre dizer NÃO que gerou muita polêmica, algumas pessoas amaram e outras acharam o cúmulo do egoísmo. O que eu digo é: paciência!

Nem todos pensam igual e eu não estou aqui para agradar todo mundo - e isso também tem tudo a ver com o texto. Eu NÃO vou escrever só o que alguns querem ouvir porque acham politicamente correto, mas sim algumas verdades que precisam ser ditas.


No segundo capítulo sobre o NÃO, vamos falar sobre tecnologia e o quanto ela vem nos aprisionando, limitando nosso ir e vir, sufocando nossa privacidade, tirando nosso direito de NÃO socializar...


As redes sociais e as ferramentas de bate-papo tem sido, cada vez mais, uma faca de dois gumes. Sim, elas facilitam a vida em muitos (MUITOS) aspectos e se tornaram uma ferramenta de poder e conhecimento.


Se por um lado facilitam o contato com pessoas distantes ou muito ocupadas, tornando possível uma conversa em tempo NÃO real (daquelas que você manda uma mensagem agora e a pessoa responde quando puder); por outro lado as pessoas estão cada vez mais impacientes para receber respostar imediatas.


  • Te colocam em grupos que você não quer participar - e se você sair, vira o grosseiro, antipático da turma;

  • As pessoas te cobram respostas imediatas no Whatsapp, afinal, você já visualizou a mensagem;

  • Ou te cobram porque você retirou o recurso de confirmação de leitura, como se isso fosse um crime;

  • Você recebe uma enxurrada de fotos, memes, vídeos e links que não cabem em 24 horas, junto com todas as demais tarefas rotineiras;

  • Te cobram se você leu, assistiu, entendeu e porque não comentou;

  • Se você estiver perto da pessoa e disser que não viu, ela enfia o celular na sua cara porque VOCÊ TEM QUE VER O VÍDEO QUE ELA TE MANDOU...

Cobrança, pressão, informação: O TEMPO TODO!


Isso sem falar que o volume de informação é inversamente proporcional à capacidade de interpretação de texto. Muita gente que não lê direito, faz perguntas que já foram respondidas anteriormente, interpretam mensagens com uma entonação diferente da intenção de quem mandou; e lá vem confusão!

Pessoas do meu Brasil varonil, vamos devolver a liberdade das pessoas de utilizarem as ferramentas tecnológicas dentro das suas possibilidades e limitações...


Vamos parar de utilizar as ferramentas para IMPOR interações sociais, nem todo mundo está disponível para corresponder às suas expectativas 24 horas por dia.


As pessoas, comem, dormem, almoçam, fazem necessidades e muitas outras coisas além de conferir o celular!


É urgente? Telefone!

Se não for urgente, mande uma mensagem e espere resposta; sem desespero, sem neura.


Quer compartilhar algo? Compartilhe, sem colocar pressão!


A pessoa não te deu retorno e você PRECISA de resposta? Cobre educadamente e dê a oportunidade da pessoa resolver ou se explicar. O mundo não gira em torno do nosso umbigo!


Não recebeu retorno, mas não era nada importante? Aceita, supera e... vida que segue!


Proponho um exercício: escolha um dia da semana ou pelo menos meio dia e desligue um pouco da vida virtual, encosta o celular num canto e vai viver.

Que tal separar, por exemplo, o domingo de manhã e vivê-lo como nos bons e velhos tempos em que não éramos sufocados por esse aparelhinho? Converse com as pessoas, olhe nos olhos, troque o touch do celular por um cafuné. Vai por mim, você só tem a ganhar!

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