Carol Ribeiro

29 de mar de 20193 min

Vinícola UNDURRAGA

Depois de tanto andar pelas ruas de Santiago, merecemos uma folguinha! Alguns passeios são distantes da cidade. Existem muitas alternativas, muitas mesmo! É bom pesquisar com calma antes da viagem e escolher os que mais combinam com você.

A grande maioria das pessoas, vai até as cidades de Val Paraíso e Vina del Mar. Não fizemos estes passeios, fica para a próxima! Existem diversas vinícolas e optamos por conhecer a UNDURRAGA, que é menos conhecida do que a Concha y Toro (que é a famosinha de lá), mas nem por isso menos charmosa.

Situada à 35km de Santiago, Undurraga possui vários rótulos premiados e foi fundada em 1885 - é uma das vinícolas mais antigas em atividade no Chile. 

Optamos por comprar o passeio, porque é um local mais afastado. Já tínhamos andado muito por conta própria e ir de sozinhos pra vinícola ia precisar de muito planejamento de rota e tempo. Você precisa pré agendar a visita no site da vinícola, pegar metrô e depois um ônibus ou Uber (atenção, já alertei que o Uber é ilegal no Chile). Como queríamos ir sem preocupação, contratar o passeio foi a melhor forma de economizar tempo e relaxar. Quem preferir ir por conta própria, pode pegar as dicas AQUI.

Visitas durante o inverno têm a desvantagem de não ver as videiras grandes e carregadas, mas o passeio foi muito bom, aprendemos muita coisa e degustamos ótimos vinhos.

CURIOSIDADE: Na ponta de cada fileira de de videira, é plantada uma roseira que serve para detectar pragas: como as roseiras são sensíveis, elas dão indícios antes que a praga ataque a videira. Quanto mais velha for a videira, menos cachos de uvas ela produz, porém com melhor qualidade e, a partir delas, são feitos os vinhos mais caros.

Acredite: em fevereiro esses humildes brotinhos de videira estará carregado com muitos cachos de uva!

Essa "casinha" que fica alinhada no subsolo serve para fazer análise da terra, ela é revestida de vidro e se estende por um longo trecho em sentido reto.

Olha o nosso guia, o Luis Toledo - de camisa branca. Gente finíssima, bem humorado e bom de papo. Se for à Santiago, recomendo os passeios com ele - clica no nome dele que vai para a página do facebook com os contatos!

O passeio continua pelos tanques, onde o líquido é armazenado e tratado em diferentes processos de fermentação, até resultar no vinho.

Depois dessa área, partimos para a região mais interessante: as instalações subterrâneas, ou Caves, como são chamadas. Lá ficam armazenados os vinhos Reserva e Superior (aqueles que "melhoram" com o tempo); já os vinhos mais simples, que se deterioram rapidamente - geralmente são vendidos com tampa de rosca - devem se consumidos, no máximo, em 02 anos.

Neste espaço, o chão é frequentemente irrigado, para manter a umidade e não prejudicar o envelhecimento do vinho. Após conhecer os túneis, passamos por um pequeno museu indígena, com objetos Mapuches e muita história.

Saindo dali, vem a melhor parte: a degustação - com 4 tipos de vinhos e a taça de presente! A guia, Vânia, explicou que todo vinho com tampa de rosca é de consumo rápido e quem deseja comprar vinho para guardar por um tempo, deve sempre comprar com rolha.

É comum as pessoas pensarem que os vinhos branco e tinto são produzidos com uvas verdes e os tintos, com uvas maduras - errado!

A grande diferença está na CASCA: ela é responsável por proporcionar a tonalidade vermelha, rubi, rosé, etc...

Ao contrário dos brancos, vinhos tintos ou rosé são fermentados junto com cascas e sementes (consequentemente seus taninos). Quanto mais tempo em contato, mais intensa é a cor do vinho.

Os rosés, por exemplo, são mais claros porque ficam em contato com a casca por um período de tempo menor, em comparação com os tintos.

Depois de tanto passeio, história e vinho, ficamos alegrinhos e acabou a farra... Hora de voltar para casa. Tim tim!!!

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